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sábado, 15 de outubro de 2011

Mais curiosidades




> Seu cão anda sobre os dedos e não sobre a planta dos pés como os humanos. As quatro almofadas dos dedos (coxins), servem como amortecedores, diminuindo o impacto nas corridas e saltos.

> Membranas sensitivas situadas na parte interna do focinho do seu cão transmitem informações sobre o odor para uma região do cérebro muito desenvolvida, responsável pelo olfato. O focinho de um cão saudável é úmido devido à secreção de muco. Não deve ser muito seco ou extremamente molhado.



> Seu cão pode ouvir freqüências de som que você não pode detectar. E ele não tem apenas uma audição aumentada, também possui uma habilidade quatro vezes maior que a sua de distinguir sons que podem parecer idênticos para você.

> Seu cão, seja qual for a raça ou tamanho, possui 50 ossos em seu esqueleto.

> Seu cão (macho) possui um osso localizado na base do pênis (osso peniano). Esse osso ajuda a manter o membro ereto e a direcioná-lo no momento do acasalamento. A separação forçada do macho e da fêmea durante o ato sexual poderá causar fratura do osso peniano, com grande inchaço e dor na região.

> Se o cão possui orelhas grandes, caídas e peludas, ele terá muito mais chance de desenvolver otites (inflamação nos ouvidos), do que cães de orelhas pequenas e/ou eretas.


> Se ele tiver focinho claro ou despigmentado (rosado ou esbranquiçado), terá que usar protetor solar durante longos períodos de exposição ao sol (passeios ou caminhadas). Essa região sem proteção poderá desenvolver uma queimadura solar e até câncer de pele.

Se a cadela acasalar com dois machos diferentes durante o cio, um da mesma raça que ela e outro vira-lata, terá uma ninhada com filhotes de raça pura e mestiços. Isso ocorre porque a cadela produz vários óvulos durante o cio, possibilitando a fecundação por machos diferentes.

> Seu cão poderá desenvolver "dermatite psicogênica" se ficar muito tempo sem atividade ou exposto a uma mudança brusca em sua rotina (passeava muito e agora não passeia mais, por exemplo). Ele lamberá a pata insistentemente causando uma ferida que nunca cicatriza ou poderá arrancar os próprios pêlos.

> Sua cadela, quando no cio, libera uma substância chamada ferormônio pela urina, capaz de atrair machos num raio de 1 km.



> Seu cão come grama quando sente alguma indisposição digestiva (gases, má digestão). Com isso, ele provoca o vômito ou o aumento do trânsito intestinal, liberando os gases ou o alimento que o incomodam.

> Seu cão possui duas glândulas próximas ao ânus responsáveis pela liberação de uma substância de cheiro muito desagradável (pelo menos do ponto de vista humano). Mas elas têm um papel importantíssimo no reconhecimento entre os cães. Daí a atitude do seu animal de cheirar o traseiro de outros cães, e vice versa. Isso significa um "aperto de mão" entre eles.



> Há alguns anos atrás, antes de existir a vacina de cinomose, os cães eram imunizados com a vacina do sarampo humano. Embora o cão não contraia o sarampo ou o humano, a cinomose, descobriu-se que o cão vacinado contra o sarampo produzia anticorpos capazes de protegê-lo contra a cinomose.

> Seu cão pode desenvolver algumas doenças iguais às dos humanos, como: diabetes, derrame, catarata, hepatite, "bico de papagaio", hipertireoidismo e outras.

> A fêmea comerá as fezes dos filhotes até 15 dias de idade. Com isso, ela, sabiamente, manterá seu "ninho" higienizado. Os filhotes dependerão das lambidas da mãe (estimulação) na região perianal para poderem defecar e urinar, nos primeiros dias de vida.

sábado, 8 de outubro de 2011

Costumamos dar prioridade para as coisas erradas

Com os cães muitas vezes é assim. Nós, humanos, temos a mania de exigir perfeição mas não retribuir com tal, queremos que os cães sejam que nem os dos filmes, perfeitos e engraçadinhos, então devemos comprar um ursinho de pelúcia! 

Antes eu ficava tão irritada quando minha cadelinha não ficava na caminha de noite, ou me puxava nos passeios, sem perceber que ela, ao mesmo tempo, aprendeu super bem a fazer as necessidades no lugar certo, os comandos básicos foi moleza pra ela, e muitas outras coisas. Comecei a perceber que o problema não era ela, era eu. Ao mudar repentinamente quando ela fazia algo que ela não gostava, eu na verdade, fazia com que esse comportamento piorasse, afinal, ela não entendia o porque eu estava irritada. 

Hoje, eu comecei a prestar atenção nos grandes avanços que ela já teve e nas pequenas coisinhas do dia-a-dia que ela faz certo. Assim eu não fico estressada e não lhe estresso também.

Vou citar quais os problemas que eu ainda tenho com ela e o que ela faz de certo e sem problemas:

Coisas que ela faz errado, que estou tentando melhorar:
Anti-social com pessoas estranhas
Puxa a guia quando passeamos
Late para as pessoas que passam na rua que ela ache "estranho"
Não deixa ninguém, que seja estranho ou pouco conhecido, lhe fazer carinho
Late para as visitar
Sobe em cima da mesa quando ninguém esta por perto e pega as flores que ficam em cima.
Ainda dorme na cama comigo

Coisas que ela faz certo, ebaaa:
Faz suas necessidades no pipidollys certinho, sem errar.
Aprendeu os comandos: senta, deita, dá a pata, morto, fica, vem, não comer nada se eu não ordenar
É muito carinhosa com as pessoas aqui de casa
É sociável com outros cães, não teve problemas até hoje
Me deixa escovar seus dentes
Me deixa dar remédio na boca
Me deixa dar banho e limpar as patinhas quando voltamos dos passeios na rua
Nunca mordeu ninguém, eu posso mecher na sua comida, puxá-la, etc, que ela não morde nem avança

Oque estou fazendo para melhorar suas coisas ruins:

Anti-social com estranhos: Estou levando ela passear mais seguido, em lugares diferentes e cheios de pessoas, estou dando petiscos e carinho sempre que ela é sociável.

Puxa a guia: Além de estar saindo mais vezes com ela junto, eu levo petiscos para ter a sua atenção e ensinar que ela não deve puxar, se ela puxa, eu paro e só volto a caminhar quando ela fica parada (guia frouxa).

Late para as pessoas quando caminhamos: Sempre que algum estranho passa por nós, eu lhe dou um petisco,  faz dois dias que comecei e já tem dado resultado.

Não deixa ninguém se aproximar: Vou começar esse treino quando obter mais resultados nos treinos acima, mas ele se baseia na socialização, mostrar que as pessoas não oferecem perigo.

Late para as visitas: Cada visita que chegar em casa deve lhe dar petiscos, que já deixo prontinho, e não deve fazer movimentos bruscos, confrontá-la, encará-la ou tentar se aproximar. Aos poucos ela mesma faz isso.

Dorme na mesma cama que eu: Comprei uma casinha bem confortável para ela, deixo do lado da minha cama e de noite coloco ela ali junto com uma blusa velha usada por mim (geralmente o pijama que fiquei durante o dia), se ela sai da casinha e fica perambulando pelo quarto, eu ignoro, e não deixo ela subir na cama, ela volta pra caminha dela assim. Já dorme metade da noite na caminha sem problemas, a outra metade ela levanta umas mil vezes pra tentar subir na cama, mas continuo sem permitir. Em breve ela ficará cada vez mais na sua caminha.

Sobe na mesa quando ninguém esta por perto: Afastei a mesa das cadeiras, assim ela não tem como subir, faço isso sempre que vou sair da cozinha. Ela já tá perdendo o interesse pela mesa e aos poucos estou começando a deixar as cadeiras junto, pra ela se acostumar. Ofereço também muitos brinquedos para ela se distrair.

Fotos da minha gorda peluda linda:

Quando era filhote, mimindo.

Quando era filhote se achando um pitbull

Adulta, dando um oizinho pra câmera. 




Comunicação (parte 3)

Depois de aprender como o cão se comunica por expressões corporais, vamos ver sobre o latido e os sons que  eles fazem, ou seja, sua comunicação sonora.

Cinco variáveis indicam ou modificam o significado sonoro na voz dos cães:

 1. Volume: alto, médio ou baixo. 


 2. Tonalidade: graves ou agudos. Essa variável depende também do porte da raça: cães pequenos têm o latido mais agudo e estridente, os de maior porte têm latidos mais graves.


 3. Tempo de duração: medido em segundos.  
  
 4. Número de repetições: de cada som. 
      
 5. Freqüência das repetições: espaço de tempo entre cada repetição. Os fatores que provocam essas variações são emocionais e os cães se expressam com latidos, rosnados, gemidos, suspiros, ganidos e uivos.



Latidos com intervalos longos "waof... ± 15”... waof... ± 15”... waof..." ± 15 segundos - o cão está pedindo algo: água, comida ou quer passear, abrir a porta para ele entrar ou sair. Às vezes depois de latir ele corre e para em frente à porta.


Latidos com intervalos médios “waof...3”... waof... 3”... waof..." - 3 segundos, com as orelhas para trás o cão está dando um alarme que algo estranho está acontecendo: um ruído estranho, alguém mexendo na porta ou passando de forma suspeita, um estranho se aproximando.

Latidos com intervalos curtos “waof, waof, waof, grrr, waof, waof, waof, grrr, waof, waof,", ininterruptos e insistentes, com rosnados intermitentes, exibindo os dentes, com as orelhas para trás - o cão está pronto para atacar em procedimento de defesa de territórios e entes queridos.

Os cães jovens utilizam um latido festivo, meio gritado, acompanhado de corridinhas em volta, para um convite à brincadeira. Esse tom é facilmente reconhecido e sem nenhum conteúdo agressivo ou provocativo.

Os cães podem latir por medo, em alguns casos, as orelhas ficam voltadas para trás, coladas no topo do crânio, seus pêlos dorsais sempre ficarão eriçados, ele recua e estarão prontos para fugir. Entretanto, esses  cães são perigosos no momento em que a ameaça se volta de costas. Se a ameaça for muito grande, poderão - sentindo-se em perigo de vida -  lançar-se ao ataque numa atitude derradeira de vida ou morte. É importante detectar estes sinais, se você não quer ser mordido!     

A utilização do latido, nesse caso, é uma tentativa extrema para demover o inimigo da luta e convence-lo da retirada. Diz-se que cão que late não morde.


Características dos latidos


Latidos de duração média, contínuos, em tonalidade moderada->grave - tentando alertar a matilha ou família para um estranho que se aproxima.

Latidos de duração média, contínuos, em tonalidade moderada->aguda, quase uivo - característica dos huskies e akitas, quando confinados por longos períodos.



Latidos curtos, contínuos, em tonalidade moderada - tentando alertar a matilha ou família que um estranho está próximo ou entrando no território.


Latidos curtos, contínuos, em tonalidade moderada, volume alto, sempre em presença do proprietário - manifestação de estresse, ciúmes e insegurança, diante de outros cães. 


Latidos curtos, contínuos, em tonalidade aguda, volume alto, exibindo parcialmente os dentes - tentando, com insegurança, assustar o agressor hierarquicamente superior.


Um só latido curto e seco, em tonalidade aguda - é uma forma de pedir ou de exigir algo. Pode ser repetido, caso a pessoa não atenda a solicitação, mas seu significado está contido neste único latido. Alguns cães usam o latido único curto e seco diante da porta tentando expressar sua vontade de sair ou em presença de um brinquedo ou petisco que deseja ganhar, ou ainda, pedindo para subir no sofá, poltrona ou na cama. Pode ser, também, um latido de alegria quando percebe que vai passear na rua. Nesse caso, fica agitado rodando e correndo em círculos e repetindo várias vezes.

Um só latido curto e seco, em tonalidade moderada->grave, volume bem baixo, normalmente terminando em suspiro (wáofffff !) - é um ensaio para iniciar o latido único, curto e seco, em tonalidade aguda.

Um só latido curto e seco, em tonalidade moderada->grave, volume alto, normalmente terminando em suspiro (wáofffff !) - é uma espécie de “chega prá lá!” ou “sai fora!”; tentativa de avisar que algo o está incomodando.

Um ou dois latidos curtos e secos, tonalidade moderada -
 chamando a atenção para si. Um modo de saudação
.

Seqüência de três ou quatro latidos curtos em tonalidade moderada e rápida sucessão, espaçados por curtas pausas - tentando alertar a matilha ou família para um pressentimento de estranho nas proximidades.

Latidos curtos, insistentes por longos períodos, com intervalos de moderados a longos -
 resultantes de solidão por longos períodos de confinamento. Procura de contato. Revelam necessidade de companhia.

Latido com balbucio inicial, em tonalidade moderada (arr...wáof !) -
 um convite à brincadeira. Normalmente, abaixa a frente mantendo as patas anteriores esticadas e encostadas no chão com a garupa alevantada. Como se estivesse dizendo: “Não me pegaaaa... lá, la, la-laaaaa”

Latidos emendados, sem intervalo, em tonalidade crescente - composto de uma série de latidos ininterruptos, semelhantes ao uivo, que revelam um estado emocional de estresse, muito medo, levando às vezes ao ganido e a urinar-se.

Latido grave, com repetição compassada, em intervalos moderados - característico de cães sabujos durante uma perseguição chamando a turma.

Latidos em seqüência, de duração média, tonalidade moderada->aguda, volume alto, emendados acompanhados da contração dos músculos orbiculares da comissura labial - como se ele tentasse pronunciar o “U”, revela insegurança. O cão faz biquinho, que às vezes, fica até bonitinho.



O Rosnar 

É sempre uma advertência! oóÓÓóoolha!!! O rosnado é uma forma de dizer que não está gostando da situação e, também, que se continuar vai morder.

Quando o rosnado é acompanhado da contração dos músculos orbiculares da comissura labial, como se ele tentasse pronunciar o “U”, revela insegurança.

Rosnadela abafada, com os dentes escondidos - revela que está começando a ficar irritado com a atitude do outro.

Rosnadela suave, grave, com os lábios esboçando exibir os dentes - 
suave ameaça. Normalmente o adversário, recua.

Rosnadela-latido em tonalidade grave - exibindo completamente toda a arcada anterior inclusive os caninos, revela um cão seriamente aborrecido, atingindo seu limite de tolerância, prestes a atacar. Às vezes, quando rosna latindo, o cão produz espuma na boca, dando a impressão de mais irritado.

Várias rosnadelas-latido em tonalidade moderada - 
característica de cachorros brincando de luta. Apesar de soarem como uma briga entre cães o resultado é sempre uma alegria da brincadeira e nada de grave acontece.

Rosnadela-latido trêmula em tonalidade média-aguda - tentativa de um cão, com sua autoconfiança baixa, de convencer o adversário a bater em retirada, caso contrário, partiria para a luta.

Rosnadela oscilante, mesclada com choro-latido - emitida por um cão de baixíssima autoconfiança em razão de uma agressão iminente.



Fonte: Texto adaptado de Saúde Animal



Comunicação Canina (parte 2)

 Ficar empinado, com membros rígidos, movimento lento à frente e em curva, com as orelhas dobradas para trás: ritual de estudos dos contendores durante o desafio pela liderança. Normalmente um se movimenta em direção à cauda do outro.


Ficar empinado, corpo levemente inclinado à frente e orelhas dobradas para trás: o combate é iminente.


Ficar imóvel, olhar fixo num ponto (presa), com a frente levemente mais baixa e orelhas dobradas para trás - ritual de caça - está pronto para dar o bote e atacar.
Arrepiar os pêlos na cernelha (ombros) e garupa - o cão está com muito medo. Sua reação vai depender diretamente do nível de coragem para enfrentar esse medo. Ele poderá partir para o enfrentamento, baixar a cabeça e render-se ou fugir. 

Deitar sobre o dorso e dormir de barriga para cima (decúbito dorsal) - revela segurança, tranqüilidade, paz e confiança nas pessoas e no ambiente em que se encontra. Veja:

Minnie dormindo.

Deitar enrolado sobre si mesmo como se estivesse tentando abraçar a cauda e as patas - o cão está com frio, procurando aquecer as extremidades. Veja:


Minnie tentando dormir no inverno. 


Deitar de bruços com a barriga totalmente encostada no solo, todo esticado e com as patas para trás (decúbito ventral) - o cão está com calor, procurando refrescar a barriga. Veja:
Minnie esticaaaaaaada.

Rodar em torno de si próprio e olhar para o solo - ritual atávico antes de defecar ou para deitar-se. Na floresta o lobo precisava rodar para amassar o mato antes de defecar, evitando assim que um galho ou fiapo de capim o incomodasse no momento supremo. O cão está, instintivamente, amassando o mato para afofa-lo (mesmo em piso de cimento) para deitar-se ou para evitar o fiapo de capim.
Abaixar a frente, com as patas anteriores estendidas, garupa para cima e a cabeça próxima ao solo  - convite à brincadeira, com esse gesto o cão parece dizer - você não me pegaaaaa. Qualquer movimento do outro cão ou pessoa ele sai em disparada dando voltas em torno como se desafiasse você a pegá-lo... seu cão está querendo que você corra atrás dele. Muitas vezes essa atitude é confundida com falta de respeito e muitos cães apanham por querer brincar.
Lamber o focinho do outro cão - é um ritual de submissão. Quer dizer, mais ou menos: deixa disso amigo, vim em paz não quero brigas...

Cheirar a genitália do outro cão - é um ritual de conhecimento, através do cheiro do sexo eles sabem se devem ou não prosseguir com a disputa da liderança ou, se o outro permitir, funciona como uma apresentação. 
Virar de barriga para cima - ritual ativo de submissão e liderança. Oferecer o ventre é o mesmo que se render. Aceita o outro como líder sem discutir.
Minnie no colo do Gui.

Colocar a pata no pescoço do outro cão - é um gesto de assunção de liderança, desafio. Se o outro aceitar reconhece a sua superioridade. Se não aceitar haverá a disputa. 

Colocar seu queixo sobre o pescoço do outro cão - tem a mesma conotação de colocar a pata no pescoço.

Montar sobre outro cão de mesmo sexo - dentro dos rituais de submissão e apaziguamento é o mais importante e mais definitivo. Se o outro permitir é considerado submisso. Caso contrário haverá uma disputa da liderança.

Urinar sobre a urina do outro cão -
 é a forma que um cão tem de desafiar a supremacia do adversário. 

Deitar de lado e abrir as pernas exibindo o ventre -
 submissão e apaziguamento. O cão está tentando pacificar os ânimos revelando que não deseja lutar.

Minnie de ladinho.

Colocar a cabeça ou a pata sobre o pescoço ou dorso de outro cão - ritual de submissão. Trata-se de uma espécie de teste. Se o outro cão permitir ele será o dominador. Se não permitir, ele pode desistir ou partir para a luta corporal.

Abaixar a cabeça e lamber de baixo para cima, insistentemente, o focinho de outro cão - 
ritual de submissão e apaziguamento. É um pedido de desculpas, de trégua, de arrego.


Fonte(clica).

Comunicação Canina

Lamber - É o gesto canino comparável ao nosso beijo. Revela o nível de afeto que o cão lhe dedica e também o reconhecimento de alguma atitude sua. Agradecimento.

Cutucar com o focinho - essa atitude revela uma tentativa de conseguir sua atenção, um pedido de afago na cabeça ou uma boa coçada nas costas ou no peito. A cutucada com a patinha tem quase a mesma conotação. É uma das formas de comunicação mais semelhantes à nossa cutucada.


Cutucar com as patas - normalmente de duas em duas. Pode ser na nossa perna, ou se estivermos deitados, em qualquer lugar. Os cães, com esse gesto, estão quase que exigindo nossa atenção. Se essa cutucada for na porta, tem a mesma conotação da nossa batida na porta: permissão para entrar ou sair.

 Levantar a patinha para urinar - todo mundo pensa que é sinal de masculinidade, de passagem para a puberdade. Na realidade, só o macho levanta a patinha para urinar em razão de própria estrutura anatômica. Se não levantasse a patinha o macho urinaria nas próprias patas anteriores, como o faz o bode, razão do seu cheiro. Os cães procuram uma árvore para servir de anteparo para que a urina escorra sem molhar suas patas anteriores e, para conseguir urinar na árvore têm que levantar a patinha. As fêmeas não precisam disso, pois se abaixam para urinar, quase encostando os pêlos da ponta da vagina no solo. Esses pêlos conduzem o líquido, impedindo que espirre.

Cheirar um determinado local e, em seguida, esfregar o focinho e a cabeça nele - comportamento atávico de defesa contra picadas de insetos. O cão está tentando transferir o cheiro, normalmente ruim, para si objetivando sua proteção. É bom esclarecer que o cão não tem consciência da finalidade deste comportamento, mas sente uma necessidade incontrolável em faze-lo.


Deitar-se na lama e lambrecar-se como se fosse um porco - comportamento atávico de proteção contra grandes felinos. Uma técnica usada pelos afghan-hounds para realizar o combate contra tigres e leões. Depois que seca, a lama mesclada aos pêlos se transforma numa carcaça impenetrável pelas unhas das garras dos felinos. Outras raças herdaram esse comportamento.  

Cavar buracos para deitar-se dentro - o cão está com calor e cava para encontrar uma camada de terra mais fresca
.
Cavar buracos para enterrar um osso - é um processo duplo: 1. esconder o osso dos outros para come-lo, tranqüilamente, mais tarde. 2. promover a maturação da carne nele contida. (Na França, costuma-se enterrar bifes por uma semana para que fiquem maturados para depois servi-los)


Cavar buracos para enterrar as fezes - este gesto atávico, alguns autores sugerem ser uma medida higiênica e de proteção, outros sugerem fazer parte do equilíbrio da natureza - fezes enterradas fertilizam o solo. (particularmente, acho mais provável que cães escondam suas fezes para não serem identificados por seus predadores)

Mordiscar - é um ato afetivo, carinhoso. Os cães gostam de brincar com nossas mãos. Eles têm um fascínio especial por elas. Os cães não têm mãos. Eles pegam e manejam as coisas com a boca, assim o ato de mordiscar sem machucar é um gesto de carinho.

Minnie brincando com o Gui.

Enfiar sua cabeça sob a mão do dono - está pedindo carinho. Este gesto é muito comum e quase todo dono de cachorro já teve essa experiência.

Colocar a pata sobre a perna do dono -
 está pedindo um pouco de atenção. Ele pode estar querendo comunicar-se..., pedir alguma outra coisa, ir na rua, beber água, fome etc.

Sentar-se com uma das patas anteriores levemente levantada -
 esse gesto é típico de quem está querendo se comunicar. Está tentando dizer que quer que você pare com o que estiver fazendo porque está inseguro.

Urinar: Gesto carregado de significados outros além daquele da simples necessidade fisiológica. Urinando, o cão pode estar marcando seu território, desafiando um adversário, deixando seu rastro para as fêmeas ou expressando seu desprezo.
Os machos urinam para demarcar seus limites, como nós fazemos quando riscamos uma linha no chão ou colocamos uma cerca, um muro.
Urinam, também, sobre a urina de outros machos para desafiá-los e para sobrepor seu odor ao deles. Urinam sobre a urina de fêmeas para convidá-las ao jogo. Às vezes urinam até sobre outro cão para mostrar superioridade hierárquica e desprezo.
Já vimos cães urinarem sobre de seus próprios donos por prazer e por desafio.

Defecar - além das necessidades fisiológicas, as fezes têm uma conotação de desaforo, má criação e pirraça (ética humana).
Há cães que ficam tão aborrecidos por seus donos terem saído sem levá-los que defecam sobre a cama do casal.

 
(Continua)