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sábado, 8 de outubro de 2011

Comunicação Canina (parte 2)

 Ficar empinado, com membros rígidos, movimento lento à frente e em curva, com as orelhas dobradas para trás: ritual de estudos dos contendores durante o desafio pela liderança. Normalmente um se movimenta em direção à cauda do outro.


Ficar empinado, corpo levemente inclinado à frente e orelhas dobradas para trás: o combate é iminente.


Ficar imóvel, olhar fixo num ponto (presa), com a frente levemente mais baixa e orelhas dobradas para trás - ritual de caça - está pronto para dar o bote e atacar.
Arrepiar os pêlos na cernelha (ombros) e garupa - o cão está com muito medo. Sua reação vai depender diretamente do nível de coragem para enfrentar esse medo. Ele poderá partir para o enfrentamento, baixar a cabeça e render-se ou fugir. 

Deitar sobre o dorso e dormir de barriga para cima (decúbito dorsal) - revela segurança, tranqüilidade, paz e confiança nas pessoas e no ambiente em que se encontra. Veja:

Minnie dormindo.

Deitar enrolado sobre si mesmo como se estivesse tentando abraçar a cauda e as patas - o cão está com frio, procurando aquecer as extremidades. Veja:


Minnie tentando dormir no inverno. 


Deitar de bruços com a barriga totalmente encostada no solo, todo esticado e com as patas para trás (decúbito ventral) - o cão está com calor, procurando refrescar a barriga. Veja:
Minnie esticaaaaaaada.

Rodar em torno de si próprio e olhar para o solo - ritual atávico antes de defecar ou para deitar-se. Na floresta o lobo precisava rodar para amassar o mato antes de defecar, evitando assim que um galho ou fiapo de capim o incomodasse no momento supremo. O cão está, instintivamente, amassando o mato para afofa-lo (mesmo em piso de cimento) para deitar-se ou para evitar o fiapo de capim.
Abaixar a frente, com as patas anteriores estendidas, garupa para cima e a cabeça próxima ao solo  - convite à brincadeira, com esse gesto o cão parece dizer - você não me pegaaaaa. Qualquer movimento do outro cão ou pessoa ele sai em disparada dando voltas em torno como se desafiasse você a pegá-lo... seu cão está querendo que você corra atrás dele. Muitas vezes essa atitude é confundida com falta de respeito e muitos cães apanham por querer brincar.
Lamber o focinho do outro cão - é um ritual de submissão. Quer dizer, mais ou menos: deixa disso amigo, vim em paz não quero brigas...

Cheirar a genitália do outro cão - é um ritual de conhecimento, através do cheiro do sexo eles sabem se devem ou não prosseguir com a disputa da liderança ou, se o outro permitir, funciona como uma apresentação. 
Virar de barriga para cima - ritual ativo de submissão e liderança. Oferecer o ventre é o mesmo que se render. Aceita o outro como líder sem discutir.
Minnie no colo do Gui.

Colocar a pata no pescoço do outro cão - é um gesto de assunção de liderança, desafio. Se o outro aceitar reconhece a sua superioridade. Se não aceitar haverá a disputa. 

Colocar seu queixo sobre o pescoço do outro cão - tem a mesma conotação de colocar a pata no pescoço.

Montar sobre outro cão de mesmo sexo - dentro dos rituais de submissão e apaziguamento é o mais importante e mais definitivo. Se o outro permitir é considerado submisso. Caso contrário haverá uma disputa da liderança.

Urinar sobre a urina do outro cão -
 é a forma que um cão tem de desafiar a supremacia do adversário. 

Deitar de lado e abrir as pernas exibindo o ventre -
 submissão e apaziguamento. O cão está tentando pacificar os ânimos revelando que não deseja lutar.

Minnie de ladinho.

Colocar a cabeça ou a pata sobre o pescoço ou dorso de outro cão - ritual de submissão. Trata-se de uma espécie de teste. Se o outro cão permitir ele será o dominador. Se não permitir, ele pode desistir ou partir para a luta corporal.

Abaixar a cabeça e lamber de baixo para cima, insistentemente, o focinho de outro cão - 
ritual de submissão e apaziguamento. É um pedido de desculpas, de trégua, de arrego.


Fonte(clica).

Um comentário:

  1. Engraçado o, ser animal, humano. Acha-se no direito de ser considerado o dono de outro ser, só pelo simples facto de lhe proporcionar comida e protecção. Nada mais errado, quando nem sequer conseguimos ser donos da nossa própria vida, e por dá cá aquela palha, vamos desta para melhor, ou pior, está para saber. Que ignorantes somos, de não entender-mos, que o facto de sermos, os protectores desses seres, não devemos de forma alguma, menosprezar a sua individualidade, como seres habitantes deste 3º calhau a contar do sol.

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